O processo de seleção natural originário das teses
evolutivas de Charles Darwin é adotado pelos cientistas como a teoria mais
viável na justificação da capacidade que determinados seres vivos possuem de
sobreviverem ao longo do tempo, em detrimento de outros, e da sua aptidão para
se converterem em múltiplas variedades de espécies. Todo este mecanismo está
comprovado por meio de evidências fósseis.
Charles Darwin, criador da teoria da Seleção Natural
Segundo Darwin, a seleção natural ocorre através da conformação
de certas propriedades benéficas ao contexto ambiental as quais são legadas
hereditariamente para os sucessores dos seres vivos. Desta forma, estas
características favoráveis configuram paradigmas que se fortalecem no seio dos
entes vivos. Por sua vez os traços não propícios vão rareando até
desaparecerem, pois não são mais transmitidos para a posteridade. Este é o
procedimento elementar da teoria evolutiva.
Assim, os seres com fenótipos bons – elementos orgânicos que
podem ser examinados, como as formas da matéria, seu crescimento,
características bioquímicas, fisiológicas e comportamentais – apresentam maior
dom para resistir às intempéries e se multiplicar do que os que portam
fenótipos desfavoráveis. No desfecho deste enredo este mecanismo pode revelar a
aptidão de certas entidades ao meio ambiente, as quais serão localizadas em
recantos ecológicos específicos.
As modificações realizadas com sucesso revigoram a
perpetuação vital dos seres nos quais elas são implementadas, capacitando-os a
reproduzir-se e, assim, a transmitir estas mutações aos entes vindouros, os
quais, evolutivamente, podem vir a constituir novos espécimes.
Sempre focando na configuração de novos elementos e no seu
legado hereditário, a seleção natural não faz diferença entre seleção
ecológica, realizada pelo meio, e seleção sexual, empreendida pela reprodução
das espécies, pois cada atributo do ser pode estar presente ao mesmo tempo
nestas duas categorias. Uma variedade determinada, por exemplo, além de tornar
o ser mais capaz de resistir aos desafios naturais, é herdada pelos sucessores,
que terão mais condições de se perpetuar do que os que apresentam mutações não
condizentes com o mecanismo de adaptação ao ambiente.
Um caso tradicional de seleção natural é o que ocorreu com
as mariposas portadoras de pigmentos enegrecidos depois de meados do século
XIX. Com a intensificação do crescimento das indústrias, houve uma ampliação do
envio de substâncias poluentes para a atmosfera, e o consequente depósito de
fuligem nas plantas.
Assim, os insetos desta espécie, que antes predominavam na
cor branca acinzentada, foram, aos poucos, substituídos pelos de coloração mais
escura, pois estes eram confundidos com o caule dos arbustos, da mesma cor.
Resultado: estas mariposas eram vistas mais raramente pelas aves, naturais
adversárias destes espécimes, portanto passaram a transcender as mais claras,
sobrevivendo e transmitindo este atributo aos seus herdeiros.
Fonte: http://www.infoescola.com/evolucao/selecao-natural/